Novidadeiro – Future Islands

Future Islands: descobri por acaso o electro-pop com um tempero retrô da banda que tem no crooner Samuel T. Herring um de seus grandes destaques em meio a composições ligeiramente dançantes, definitivamente inteligentes e carregadas de sintetizadores.

Future Islands: descobri por acaso o electro-pop com um tempero retrô da banda que tem no crooner Samuel T. Herring um de seus grandes destaques em meio a composições ligeiramente dançantes, definitivamente inteligentes e carregadas de sintetizadores.

Não tenho uma história bacana sobre como descobri a Future Islands pra contar. Estava ouvindo algo no Rdio enquanto fazia outra coisa e, quando o disco que estava tocando acabou, o Auto-Play (que escolhe músicas aleatórias com base naquilo que você estava escutando antes) começou a tocar a faixa “Spirit”, que imediatamente chamou a minha atenção. Na mesma hora fui fuçar e, motivado pelo exótico comentário feito por um dos usuários do Rdio sobre o disco – “best Rod Stewart album since Tonight I’m Yours” -, acabei ouvindo Singles (2014), o álbum que trazia a tal música, de cabo a rabo com rara empolgação. Até agora sei muito pouco sobre o quinteto formado em 2006 na Carolina do Norte (EUA), mas percebe-se facilmente que a praia deles é o electro-pop com um tempero retrô. Também é evidente que a pegada crooner do vocalista Samuel T. Herring é um dos grandes destaques nas composições ligeiramente dançantes, definitivamente inteligentes e carregadas de sintetizadores da banda.

Já carregando na bagagem uma discografia de quatro álbuns (incluindo o mais recente), eles aparentemente só botaram a cara no sol de uma vez por todas depois que o vídeo de uma apresentação no programa do agora aposentado Letterman acabou viralizando (apesar da óbvia qualidade da banda, não consigo entender por que é que as pessoas ficaram tão surpresas na ocasião – talvez pela enérgica presença de palco de Herring, algo que anda mesmo em falta). E, se depender da consistência demonstrada no trabalho mais recente, eles têm tudo pra ocupar um dos muitos espaços vagos no panteão do pop alternativo contemporâneo.

Separei pra vocês uma participação da banda em um dos programas da ótima rádio KEXP, de Seattle. Performance recomendadíssima, assim como o disco Singles. Enjoy!

 

Novidadeiro – O pop sem rosto da Sia

Sia: de "operária" do pop a estrela incógnita

Sia: de “operária” da música a estrela “incógnita” do pop

Pra mim a Sia é um dos fenômenos mais interessantes da história recente da música pop. Nascida Sia Kate Isobelle Furler (em 1975, na Austrália), a cantora e compositora – ainda pouco conhecida no Brasil – é uma das mais influentes forças criativas por trás da estética atual do pop comercial estadunidense. Esse vídeo demonstra um pouco melhor a importância da moça, reunindo canções pop de sucesso recente que foram compostas por ela e gravadas por “medalhões” das paradas de sucesso radiofônico. Mas o fato relevante aqui é que essa ilustre “desconhecida” do público em geral recentemente resolveu se arriscar mais uma vez como artista popular, colocando na praça um disco totalmente composto e interpretado por si mesma. E digo “mais uma vez” porque, paralelamente ao seu trabalho como compositora, na primeira década dos anos 2000 Sia lançou nada menos que seis discos autorais que foram promovidos de maneira no mínimo preguiçosa pelas gravadoras com as quais ela havia assinado – trabalhos que foram recebidos com pouca atenção pela crítica especializada e com ainda menos entusiasmo pelo público consumidor.

Mas eis que, no fatídico ano de 2014, em um movimento digno de uma verdadeira fênix da música, a australiana não só conseguiu gestar uma autêntica obra-prima pop como também surpreender todo mundo reinventando a significação de sua própria imagem e provocando uma quebra de paradigma emblemática na relação entre público, mídia e artista. De maneira planejada ou não (só podemos especular), a cantora passou a se apresentar como uma figura misteriosa, se recusando a mostrar o rosto e a associar sua imagem ao seu trabalho musical. Em entrevista concedida à revista Billboard (2013), ela divulgou um manifesto anti-fama em que explicitou as razões para se preservar da atenção voraz do público (em suma, as supostas mazelas já tão exaustivamente comentadas da popularidade – invasão de privacidade e etc.), ao mesmo tempo em que preparava o terreno para a divulgação de sua próxima criação: o álbum 1000 Forms of Fears (2014; RCA), registro cru, emocionante e sedutor de uma poderosa e renomada entidade criativa completamente no controle de sua própria obra.

Nessa nova fase de sua carreira, em consonância com o manifesto publicado na Billboard, Sia simplesmente – e surpreendentemente, para os padrões comerciais atuais – eliminou quase completamente a exposição pública de sua figura na promoção do novo disco (basta ver a capa do álbum pra entender), utilizando recursos interpretativos incomuns tal qual a presença de uma bailarina pré-adolescente – Maddie Ziegler (ver os vídeos abaixo) – como uma espécie de dublê protagonista das performances ao vivo e dos videoclipes  das canções produzidos para a divulgação do álbum, enquanto a própria cantora simplesmente não aparecia (no caso dos videoclipes) ou apenas permanecia plantada no canto do palco, cantando de costas para a platéia (nas apresentações ao vivo; como nessa aparição no programa da Ellen DeGeneres). E ao exercitar essa opção por uma exploração radicalmente reservada de sua imagem – ciente das implicações ou não -, a artista acabou por chamar ainda mais a atenção da crítica especializada e do público médio. “Que porra é essa, uma cantora que não mostra a cara?”, pareciam perguntar os acostumados à dinâmica que já pressupõe a figura do artista como componente indispensável da magnitude e instrumento de reverberação de sua produção.

Mas, procurando neutralizar todo o peso desse recurso estilístico/midiático empregado pela Sia,  vamos à análise objetiva do produto discográfico que ela botou no mundo. Ao longo do – ótimo, confesso, já resumindo minha avaliação – álbum, Sia derrama todo o seu talento obviamente acima da média em letras claramente mais inteligentes do que aquelas com as quais costumamos topar na música pop atual e em vocais extremamente competentes e carregados de nuances interpretativas e contornos emocionais (inúmeras vezes é possível notar “escorregadas” claramente propositais no desempenho vocal – passagens em que a cantora ‘falha’ na execução servindo a um poderoso e comovente componente estilístico e narrativo). São 12 faixas em 1000 Forms of Fears, sendo que pelo menos oito delas imediatamente saltam à atenção pelo potencial melódico/dramático.

Destaque evidente para “Chandelier”, faixa de abertura e carro-chefe do disco com sua soberba carga dramática (veja o clipe abaixo, protagonizado pela já citada Maddie Ziegler e sua dança interpretativa), para a energia upbeat de “Hostage” (composta em parceria com o guitarrista do Strokes, Nick Valensi), para o épico “Elastic Heart” (que ganhou clipe estrelado pelo ator Shia LaBeouf e, novamente, pela dançarina mirim Maddie Ziegler – ver a seguir) e para a canção que a Rihanna daria tudo para interpretar, “Fire Meet Gasoline”. O álbum (que ostenta uma enigmática capa composta por um fundo preto ornamentado somente pelos contornos do penteado loiro platinado que virou uma espécie de marca registrada da Sia, ainda que ela não mostre a cara) transcorre agradavelmente ao longo de seus quase 50 minutos. Trata-se de um disco descaradamente pop, mas sensivelmente acima da média, com potencial para cativar até mesmo o mais enjoado dos ouvintes (note-se que O musicólogo aqui, por exemplo, não é particularmente um apreciador desse tipo de som, como você já deve ter percebido).

Não se surpreenda caso você se pegue escutando 1000 Forms of Fears no repeat. O disco que serviu de veículo para a reinvenção da artista Sia tem detalhes que desabrocham e contornos que soam cada vez mais harmônicos e inteligentes a cada audição. É uma obra “pop descartável” contraditoriamente reaproveitável (com o perdão do paradoxo). Mesmo em uma encarnação natural de produto para consumo rápido e rasteiro, o álbum dá sinais de um potencial longevo que só se apresenta em obras forjadas no calor do talento inquestionável e da rara e inequívoca vocação para a narração quase fotográfica dos dramas contemporâneos.

Novidadeiro – Moon Duo

Moon Duo (EUA): a mistura de garage rock, psicodelia e noise pop soa muito interessante por detrás da onírica cortina de distorção fuzz e reverb produzida pela aparelhagem compacta da dupla

Moon Duo (EUA): a mistura de garage rock, psicodelia e noise pop soa muito interessante por detrás da onírica cortina de distorção fuzz e reverb produzida pela aparelhagem compacta da dupla

Topei com essa duplinha aí no canal da rádio KEXP (de Seattle) no YouTube – a apresentação completa deles nos estúdios da FM está no fim do post. Gostei do que ouvi e fui atrás. Descobri que o Moon Duo foi criado em 2009, em São Francisco, pelo guitarrista/vocalista Ripley Johnson (que também toca na banda neo-psicodélica Wooden Shjips, também de São Francisco) e pela tecladista Sanae Yamada. Acompanhados por batidas eletrônicas, os músicos fazem uma hipnotizante mistura de garage rock, psicodelia e noise pop. E tudo soa muito interessante por detrás da onírica cortina de distorção fuzz e reverb produzida pela aparelhagem compacta do duo – de acordo com Johnson, a crise financeira que eclodiu em 2008 nos EUA teria trazido à tona a ideia de uma banda mais “econômica”.

Eles já tem 4 álbuns na discografia. O último, Circles (cujo repertório domina a participação da dupla na transmissão da KEXP), é de 2012. Recomendadíssimo (e dá pra ouvir aí embaixo).


Novidadeiro – “Get Lucky”, a esperada versão completa da música nova do Daft Punk

Imagem que ilustra a versão definitiva de "Get Lucky": música estará no próximo disco do Daft Punk

Imagem que ilustra a versão definitiva de “Get Lucky”: música estará no próximo disco do Daft Punk

Depois de muitas especulações, um teaser veiculado como comercial de TV que entregou a participação de Pharrell Williams nos vocais e de Nile Rodgers (ex-Chic) na guitarra, versões falsas, incompletas e até mesmo remixes feitos pelos próprios fãs, finalmente saiu o que parece ser a encarnação definitiva de “Get Lucky“, música que vai estar no próximo disco do duo francês Daft Punk (Random Access Memories; lançamento previsto para 21/05).

A faixa é uma suingada visita à disco music setentista com um verniz eletrônico bem característico dos “robôs” Guy-Manuel de Homem-ChristoThomas Bangalter. A voz de Pharrell, carregada nos oversdubs, vem sedosa e convidativa, enquanto a guitarra picotadinha e dançante de Rodgers dá o molho à batida hipnoticamente repetitiva da dupla (que, no teaser, se “ocupa” da cozinha – bateria e baixo). Se a música for uma amostra representativa do que virá por aí em Random Access Memories, já dá pra esperar sucesso semelhante a Homework (1997) Discovery (2001), os dois melhores trabalhos do Daft Punk. Que venha e jogue a galera na pista com força!

Novidadeiro – “Maná”, música do vindouro disco solo de Rodrigo Amarante (ex-Los Hermanos)

Rodrigo Amarante caiu na web: "Maná", que nasceu em outro projeto do músico, apareceu repaginada e deve integrar o debute solo do ex-Los Hermanos

Rodrigo Amarante caiu na web: “Maná”, que nasceu em outro projeto do músico, apareceu repaginada e deve integrar o debute solo do ex-Los Hermanos

Fiquei sabendo hoje à tarde – pelo ótimo MonkeyBuzz – que uma música “nova” do Rodrigo Amarante (ex-Los Hermanos e Little Joy, e com participações na Orquestra Imperial, entre outros tantos projetos) “vazou” (foi “vazada” soa melhor) em um programa da Oi FM. Ao que parece, “Maná” (a tal música nova) já teria feito parte de um dos inúmeros trampos paralelos do músico, mas chega na praça em nova versão, a que, inclusive, deve integrar o vindouro debute solo do Ruivo.

O programa ainda deu a letra (de leve) de que o álbum, cujo lançamento está previsto para maio/junho deste ano, teria o título de CavaloBem, boa notícia e bom som pra curtir assim inesperadamente.

Muito mais “resolvida” (em termos de “produto canção”, afinal ela já está gravada) do que as músicas inéditas que Amarante andou testando ao vivo por aí, “Maná” é simpática, suingadinha e inteligente. Tudo o que se espera do hermano. Ouça, abaixo, a música – que rapidamente já foi replicada em canais mais acessíveis da web – e deixe sua opinião nos comentários. O que achou? Aumentou a expectativa pro disco?

Ah, e o pessoal do MonkeyBuzz ainda postou uma atualização que eu não tinha visto ainda! Segue:

“Rodrigo Amarante acaba de postar em sua fanpage oficial e confirma que seu novo disco realmente ganha o nome de Cavalo, além de liberar Maná oficialmente. Apesar de ter o disco apontado antes para maio, o próprio estica mais um mês e confirma o lançamento para junho, prometendo uma turnê de shows entre agosto e setembro. Será que Devendra vem junto?”

Novidadeiro – Solange (Knowles)

Solange, a irmã caçula da Beyoncé: seja bem-vinda, definitivamente, à família do sucesso. Só espero que ela não mude esse seu espírito aventureiro

Solange, a irmã caçula da Beyoncé: seja bem-vinda, definitivamente, à família do sucesso. Só espero que ela não mude esse seu espírito aventureiro

Todos os olhos da música pop andam voltados para uma moça que parece ter o sucesso nos genes. Solange (Knowles) é a irmã caçula da diva pop Beyoncé – talvez para não ser acusada de pegar carona na fama da “tata” ela não use o sobrenome da família responsável pelo fenômeno Destiny’s Child. Apesar de ter feito sucesso considerável com seus primeiros discos (Solo Star, de 2003, e Sol-Angel and the Hadley St. Dreams, 2008), foi com o EP True, lançado em 2012 pelo selo Terrible – mantido por Chris Taylor, do Grizzly Bear – que a moça conquistou o respeito dos alternativos.

Talvez porque o disco – que tem seis faixas e pouco menos de 30 minutos – adicione à mistura de soul sessentista, R&B e pop que a cantora vinha fazendo (competentemente, diga-se) um pouco de new wave e seus elementos mais eletrônicos e experimentais. E é realmente uma experiência e tanto escutá-lo de cabo a rabo – dá pra fazer isso no YouTube, por esse link aqui. Fora que “Lovers in the Parking Lot”, pra mim, já é a música do ano. Escuta aí embaixo e depois me diz se exagerei.

Seja bem-vinda, definitivamente, à família do sucesso, Solange. Espero que ela não mude esse seu espírito aventureiro.

Novidadeiro – alt-J (∆)

alt-J (∆): nome nerd e incenso precoce da mídia especializada

alt-J (∆): nome nerd e incenso precoce da mídia especializada

Ok, ok. Primeiro preciso dizer que muita gente já anda falando do alt-J (∆) pelo menos desde maio desse ano. É que, com as férias que o musicólogo resolveu tirar deste blog (sem avisar ninguém, diga-se de passagem), eu perdi a oportunidade de falar em primeira mão desse quarteto inglês que, com/antes mesmo de seu debute, An Awesome Wave (junho de 2012), provocou uma das maiores rasgações de seda da mídia indie-especializada desde, digamos, The Rapture. E tudo isso, frise-se, apenas com um álbum de pouco menos de 50 minutos de duração (incluindo aí a já manjada “hidden track”).

Levando o nome de um atalho de Mac (a combinação das teclas “Alt” e “J”, que resulta em um triângulo; dá pra ser mais indie/hipster/nerd/geek do que isso?), o alt-J (∆) faz um som diferentão do que costuma-se ver nas listas do NME, por exemplo, e bem acima da média. A mistura estranha, porém melodiosa, de folk, indie rock e corais quase religiosos é um golpe de ar fresco pra quem procura por sonoridades diferentes – destacando-se aí, além da bela instrumentação, os vocais exóticos do frontman Joe Newman. Já ouvi por aí que os caras JÁ (é, JÁ) estão sendo comparados com o Radiohead. Bom, além de dizer que uma coisa é uma coisa e outra coisa é outra coisa, fica a esperança de que o hype não arruíne MAIS UMA bela promessa de inovação.

Chega de papo e vá ouvir o som! Começando por “Breezeblocks”, cujo clipe (que vi no ótimo MúsicaPavê) me chamou a atenção – e me fez conhecer a banda – com seu enredo de trás pra frente e desfecho/início impressionante.

Novidadeiro – Grimes

Grimes: indie eletrônico com a cara da música de hoje

Grimes: indie eletrônico com a cara da música de hoje

Eu tinha outra pauta pra hoje, mas o musicólogo me encheu tanto o saco com essa garota que tive que mudar meus planos. Bem, a mocinha aí da foto é a canadense Claire Boucher, mais conhecida como Grimes. Com apenas 23 anos de idade ela é mais nova sensação do universo indie/eletrônico lá fora, e aos poucos começa a conquistar o gosto dos novidadeiros brasileiros.

Na ativa desde pelos menos 2011 ela acaba de lançar seu quarto álbum, Visions (2012; 4AD), em que amadurece o estilo desenvolvido nos trabalhos anteriores: um dream pop carregado de sintetizadores e efeitos vocais, emoldurado por batidas eletrônicas fortes – e muitas vezes extremamente dançantes – a “cara” da música pop de hoje.

Talvez o mais surpreendente, dada a qualidade do som, seja descobrir que a moça faz tudo sozinha – ao menos ao vivo, ocasiões em que pilota uma aparelhagem cheia de traquitanas eletrônicas e um microfone para canalizar sua voz lírica e meio alienígena.

Ah, o musicólogo mandou avisar que “desde o Broadcast” ele não se surpreende tanto com um som. Descubra o motivo a seguir.

Novidadeiro – Regina

Regina: trio de indie pop finlandês é a trilha sonora perfeita pra sonhar acordado

Como a bela imagem aí de cima demorou uma década pra carregar, vou ser econômico nas palavras. Regina é um trio de indie/dream pop finlandês que descobri esses dias, quando baixei o último disco deles, Soita Mulle, de 2011. Embora eu não entenda nada de finlandês, isso não me impediu de apreciar o som deles, que se parece bastante com um Cocteau Twins mais acelerado.

A voz onírica da vocalista Iisa Pykäri é o grande destaque aqui, e uma das principais razões de a língua não ser uma barreira pra curtir as nove faixas viajantes de Soita Mulle, que é o quinto álbum do Regina (o primeiro, Amorosa, é de 2002). Mas chega de papo. Ouça e relaxe…

Novidadeiro – Patrick Stump

Patrick Stump: gente, como esse moço emagreceu!

Patrick Stump: gente, como esse moço emagreceu!

Se você não reconheceu pela foto, sugiro que dê uma olhadinha no frontman dessa banda aqui. Pois é! Patrick Stump é mais conhecido como o vocalista/guitarrista da banda pop punk Fall Out Boy, que, ironicamente, tem no baixista emo Pete Wentz sua maior estrela. Ao que parece, a banda está num hiato e Stump, que é a verdadeira engrenagem criativa do FOB (como a banda é chamada pelos fãs), resolveu que era hora de brilhar sozinho. E, gente, como esse moço emagreceu, não? Será que foi premeditado pra se lançar na carreira solo?

Bom, fato é que Soul Punk, debute do moço, saiu no finalzinho de 2011 e surpreendeu muita gente pela guinada sonora. Já dava perceber no FOB que Stump tinha uma queda pelo pop dançante e performances vocais acrobáticas de, digamos, Michael Jackson, mas com esse disco solo é que ele pode deixar transparecer sem medo sua veia pista de dança. Mas tanto o nome quanto a arte do disco mostram que a molecada da idade de Stump deve ter mesmo uma concepção meio diferente do que seria soul e punk. Quando poderia-se pensar em Marvin Gaye encontra os Ramones, fica-se com Justin Timberlake encontra, bem… o Fall Out Boy! E coloque um temperão de 1980 aí, com sintetizadores hiper retrô e uma estética pseudo vintage-modernosa (?).

De qualquer forma, o álbum é muito bom, e se Stump continuar no caminho certo pode ser um baita artista daqui uns anos. Voz pra isso ele tem! E determinação – como o emagrecimento parece mostrar – também! Boa sorte pra ele!