Vídeo da Semana – Darkside, Live at Pitchfork Music Festival Paris (2013)

Darkside: demorei para encontrar a colaboração entre Nicolas Jaar e Dave Harrington, mas me apaixonei pela EDM ambiente da dupla.

Darkside: Demorei para encontrar a colaboração entre Nicolas Jaar e Dave Harrington, mas me apaixonei pela EDM ambiente da dupla.

Confesso que nunca tinha ouvido falar do Darkside, colaboração do chileno-norte americano Nicolas Jaar e do londrino Dave Harrington, mas me apaixonei pela EDM da dupla quando essa apresentação no Pitchfork Music Festival em Paris apareceu na minha playlist do YouTube. Gosto bastante de música eletrônica quando ela é, de alguma forma, intrigante, e o som de Jaar e Harrington me cativou muito rápido. Com batidas contagiantes e uma psicodelia impregnada de Pink Floyd (viria daí o “Darkside”?), a dupla faz um som agradável e hipnotizante. Se você gosta de saber o que anda rolando na cena contemporânea e não se contenta em ficar fechado no sarcófago dos sons clássicos, é uma boa pedida.

Acabei cavando a produção de Nicolas Jaar e tive gratas surpresas. Vale a pena a investigação. Mas, por hora, fique com a vibe contagiante do Darkside ao vivo:

Originais & Originados – Gloria Jones (1965/1976) x Soft Cell (1981) x Marilyn Manson (2001) – “Tainted Love”

Gloria Jones e Marc Bolan  em registro dos anos 1970: e não é que ela é a mãe do hit (gravado duas vezes) que eu creditava ao Soft Cell?

Gloria Jones e Marc Bolan em registro dos anos 1970: e não é que ela é a mãe do hit (gravado duas vezes) que eu creditava ao Soft Cell?


Eis aí uma música que me surpreendeu quando descobri que se tratava de uma versão. Eu podia jurar que era uma composição original do Soft Cell (1981), mas na verdade a confessional “Tainted Love” é uma canção de Gloria Jones (1965), regravada novamente pela artista com uma pegada disco em 1976 para aproveitar uma onda súbita de popularidade. A música ainda foi revisitada por Marilyn Manson para a trilha do filme de comédia besteirol Not Another Teen Movie (2001) – pelo menos as gerações mais novas puderam conhecer essa pérola pop.

ORIGINAL – GLORIA JONES – TAINTED LOVE (1965)

 

ORIGINAL – GLORIA JONES – TAINTED LOVE (1976)

 

ORIGINADA – SOFT CELL – TAINTED LOVE (1981)

 

ORIGINADA – MARILYN MANSON – TAINTED LOVE (2001)

Originais & Originados – Aphex Twin (1992) x Die Antwoord (2014) – “Ageispolis” / “Ugly Boy”

Com "Ugly Boy", do disco Donker Mag (2014), o duo sul-africano calculadamente freaky Die Antwoord ressuscitou a paulada de ambient techno do mago Aphex Twin "Ageispolis" (Selected Ambient Works 85-92; 1992).

Com “Ugly Boy”, do disco Donker Mag (2014), o duo sul-africano calculadamente freaky Die Antwoord ressuscitou a paulada de ambient techno do mago Aphex Twin “Ageispolis” (Selected Ambient Works 85-92; 1992).

Com “Ugly Boy”, do disco Donker Mag (2014), o duo sul-africano calculadamente freaky Die Antwoord ressuscitou a paulada de ambient techno do mago Aphex Twin “Ageispolis” (Selected Ambient Works 85-92; 1992). As rimas de Ninja e Yo-Landi ViSSer temperam a cama eletrônica arrumada há quase 20 anos pelo inglês Richard D. James. E Não posso dizer que a combinação não funcionou. Será que as demais criações de Aphex Twin poderiam se beneficiar desse update?

ORIGINAL – APHEX TWIN – AGEISPOLIS (1992)

 

ORIGINADA – DIE ANTWOORD – UGLY BOY (2014)

Vídeo da semana – Christina Bianco, Divas Impressions, “Total Eclipse of the Heart”

A cantora e comediante Christina Bianco canta o clássico "Total Eclipse of the Heart" (1983; Bonnie Tyler) encarnando várias cantoras pop.

A cantora e comediante Christina Bianco canta o clássico “Total Eclipse of the Heart” (1983; Bonnie Tyler) encarnando várias cantoras pop.

Muito tempo atrás topei com um vídeo de uma apresentação da cantora e comediante Christina Bianco em que ela canta o clássico “Total Eclipse of the Heart” (1983; Bonnie Tyler) encarnando várias cantoras pop. É hilário vê-la cantar o hit deprê-oitentista na voz de Adelle, Cher, Britney Spears, Zooey Deschanel e até Shakira. Vale umas risadas e a chance de admirar a versatilidade vocal de Bianco. Se ela lançasse um disco acho que eu daria uma chance.

Baixe o disco Música Estranha da Strange Music completo e pague com um tweet

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O mais recente disco completo da Strange Music (a banda do musicólogo) sempre esteve disponível para streaming e download em faixas individuais pela internet. Mas hoje acordamos com vontade de resgatar o download do disco completo, de uma vez só, pra você ter aí no seu computador e ouvir quando quiser, em ótima qualidade de som.

Pra isso, tudo o que você tem que fazer é ajudar a gente a divulgar, usando o sistema Pay with a Tweet. Você só vai ter que postar uma mensagem sobre o disco (no Twitter) e receberá a URL para download. O limite é de 50 downloads, então os primeiros 50 que postarem vão poder baixar o disco. Valendo até 20/09/2015. Bacana, não? Então clique aqui e som (estranho) na caixa!

 

 

Originais & Originados – Fergie (2006) x Vários (mesmo) – “Fergalicious” – Ou Nada se cria, tudo se copia

Fergie em cena do clipe de "Fergalicious": Ufa, desde "The Rockafeller Skank" eu não tinha tanto trabalho. Parece uma monografia fonográfica.

Fergie em cena do clipe de “Fergalicious”: Ufa, desde “The Rockafeller Skank” eu não tinha tanto trabalho. Parece uma monografia fonográfica.

Há muito tempo quero falar desse exemplar. Longe de ser uma crítica moralista e anacrônica, a análise que segue está mais para constatação da pertinência da máxima “everything is a remix” do que um lamento boboca pela suposta ideia de originalidade no universo da música pop/comercial (e se você clicou no link que deixei ali atrás, já sabe o porquê).

“Fergalicious”, single carro-chefe do disco solo de Fergie (The Dutchess; 2006), uma das vocalistas do grupo Black Eyed Peas, exemplifica perfeitamente a noção de que a colagem/apropriação/reconfiguração se tornou instrumento comum da música contemporânea. Dependendo do contexto, dá até pra argumentar que, para além de recurso estético, essa prática pressupõe certa dose de picaretagem (especialmente se considerarmos que em muitos casos os autores originais dos trechos sampleados ou recriados não são devidamente creditados), mas não é isso que está em questão aqui, até porque não consegui encontrar o encarte completo do álbum da Fergie pra checar se há menção aos samples.

Voltando à canção: uau, que colcha de retalhos. Pelo menos não podemos acusar will.i.am (produtor da maior parte do álbum, inclusive da faixa em questão, e também membro fundador do Black Eyed Peas) de não ter suado a camisa. “Fergalicious”, que, como o título já adianta,  basicamente é uma ode aos, digamos, “encantos” de Fergie, habilmente mistura várias “citações” (pra ser simpático) de diversas outras músicas pra mandar seu recado. Aliás, é possível dizer sem exagero que a letra – simplista e, em certa medida, divertida – é o único componente totalmente original do produto.

Dá até preguiça de cavar e listar aqui as fontes nas quais essa gemazinha pop bebeu pra vir ao mundo. Até mesmo – e é aí que as coisas ficam ainda mais interessantes – porque boa parte das tais “originais” também rende “tributos” (sendo simpático mais uma vez) a outros tantos sons pioneiros. É remix em cima de remix. Com tantas camadas eu já estou me sentindo em um musical dirigido pelo David Lynch. Mas deixa eu tentar explicar. Vá seguindo as referências e revise tudo com os vídeos ao final do post.

Bem, pra começar, a introdução de “Fergalicious” usa o início de “Give It All You Got (Doggy Style)” de Afro-Rican (1987) e emenda a melodia vocal de “Throw the D” de 2 Live Crew (1986), que por sua vez sampleou “Planet Rock” de Afrika Bambaataa & Soulsonic Force (1982). Na sequência, a levada dos versos – que constituem o “grosso” da canção – é uma releitura bem literal de “Supersonic”, de J.J. Fad (1987). Certo tempo depois entra a ponte, emprestada de outro trecho de “Give It All You Got (Doggy Style)”, que por sua vez recicla “Night Train”, de James Brown (1962) e “It’s More Fun to Compute”, do Karftwerk (1981). E então o repertório de referências está finalmente  completo, já que o resto da música é basicamente uma repetição de tudo o que já se apresentou até então. Ufa, desde “The Rockafeller Skank” eu não tinha tanto trabalho. Parece uma monografia fonográfica.

E aí? O que você acha da cultura do remix e dos frutos dessa prática na produção pop?

ORIGINADA – FERGIE – FERGALICIOUS (2006)

 

ORIGINAL (?) – AFRO-RICAN – GIVE IT ALL YOU GOT (DOGGY STYLE) (1987)

 

ORIGINAL – JAMES BROWN – NIGHT TRAIN (DOGGY STYLE) (1962)

 

ORIGINAL – KRAFTWERK – IT’S MORE FUN TO COMPUTE (1981)

 

ORIGINAL (?) – 2 LIVE CREW – THROW THE D (1986)

 

ORIGINAL – AFRIKA BAMBAATAA & THE SOULSONIC FORCE – PLANET ROCK (1982)

 

ORIGINAL – J.J. FAD – SUPERSONIC (1987)

 

Novidadeiro – Future Islands

Future Islands: descobri por acaso o electro-pop com um tempero retrô da banda que tem no crooner Samuel T. Herring um de seus grandes destaques em meio a composições ligeiramente dançantes, definitivamente inteligentes e carregadas de sintetizadores.

Future Islands: descobri por acaso o electro-pop com um tempero retrô da banda que tem no crooner Samuel T. Herring um de seus grandes destaques em meio a composições ligeiramente dançantes, definitivamente inteligentes e carregadas de sintetizadores.

Não tenho uma história bacana sobre como descobri a Future Islands pra contar. Estava ouvindo algo no Rdio enquanto fazia outra coisa e, quando o disco que estava tocando acabou, o Auto-Play (que escolhe músicas aleatórias com base naquilo que você estava escutando antes) começou a tocar a faixa “Spirit”, que imediatamente chamou a minha atenção. Na mesma hora fui fuçar e, motivado pelo exótico comentário feito por um dos usuários do Rdio sobre o disco – “best Rod Stewart album since Tonight I’m Yours” -, acabei ouvindo Singles (2014), o álbum que trazia a tal música, de cabo a rabo com rara empolgação. Até agora sei muito pouco sobre o quinteto formado em 2006 na Carolina do Norte (EUA), mas percebe-se facilmente que a praia deles é o electro-pop com um tempero retrô. Também é evidente que a pegada crooner do vocalista Samuel T. Herring é um dos grandes destaques nas composições ligeiramente dançantes, definitivamente inteligentes e carregadas de sintetizadores da banda.

Já carregando na bagagem uma discografia de quatro álbuns (incluindo o mais recente), eles aparentemente só botaram a cara no sol de uma vez por todas depois que o vídeo de uma apresentação no programa do agora aposentado Letterman acabou viralizando (apesar da óbvia qualidade da banda, não consigo entender por que é que as pessoas ficaram tão surpresas na ocasião – talvez pela enérgica presença de palco de Herring, algo que anda mesmo em falta). E, se depender da consistência demonstrada no trabalho mais recente, eles têm tudo pra ocupar um dos muitos espaços vagos no panteão do pop alternativo contemporâneo.

Separei pra vocês uma participação da banda em um dos programas da ótima rádio KEXP, de Seattle. Performance recomendadíssima, assim como o disco Singles. Enjoy!

 

Originais & Originados – The Zutons (2006) x Mark Ronson & Amy Winehouse (2007) – “Valerie”

Amy Winehouse: junto com o músico e produtor inglês Mark Ronson a cantora registrou uma versão ainda mais atraente de "Valerie", da banda The Zutons

Amy Winehouse: junto com o músico e produtor inglês Mark Ronson a cantora registrou uma versão ainda mais atraente de “Valerie”, da banda The Zutons

Mais um caso daqueles em que parece que a música original estava só esperando um outro intérprete registrar sua versão definitiva. Segundo single do segundo disco da banda britânica The Zutons (Tired of Hanging Around; 2006), a divertida “Valerie” ganhou uma roupagem ainda mais atraente e grudenta na regravação gestada pelo músico e produtor inglês Mark Ronson, que convidou a saudosa Amy Winehouse para assumir os vocais na faixa que faz parte de seu segundo álbum (Version; 2007). E aí, de qual das encarnações da canção você gosta mais?

ORIGINAL – THE ZUTONS – VALERIE (2006)

 

ORIGINADA – MARK RONSON & AMY WINEHOUSE – VALERIE (2007)

 

BÔNUS: AMY WINEHOUSE CANTANDO “VALERIE” AO VIVO 

Novidadeiro – O pop sem rosto da Sia

Sia: de "operária" do pop a estrela incógnita

Sia: de “operária” da música a estrela “incógnita” do pop

Pra mim a Sia é um dos fenômenos mais interessantes da história recente da música pop. Nascida Sia Kate Isobelle Furler (em 1975, na Austrália), a cantora e compositora – ainda pouco conhecida no Brasil – é uma das mais influentes forças criativas por trás da estética atual do pop comercial estadunidense. Esse vídeo demonstra um pouco melhor a importância da moça, reunindo canções pop de sucesso recente que foram compostas por ela e gravadas por “medalhões” das paradas de sucesso radiofônico. Mas o fato relevante aqui é que essa ilustre “desconhecida” do público em geral recentemente resolveu se arriscar mais uma vez como artista popular, colocando na praça um disco totalmente composto e interpretado por si mesma. E digo “mais uma vez” porque, paralelamente ao seu trabalho como compositora, na primeira década dos anos 2000 Sia lançou nada menos que seis discos autorais que foram promovidos de maneira no mínimo preguiçosa pelas gravadoras com as quais ela havia assinado – trabalhos que foram recebidos com pouca atenção pela crítica especializada e com ainda menos entusiasmo pelo público consumidor.

Mas eis que, no fatídico ano de 2014, em um movimento digno de uma verdadeira fênix da música, a australiana não só conseguiu gestar uma autêntica obra-prima pop como também surpreender todo mundo reinventando a significação de sua própria imagem e provocando uma quebra de paradigma emblemática na relação entre público, mídia e artista. De maneira planejada ou não (só podemos especular), a cantora passou a se apresentar como uma figura misteriosa, se recusando a mostrar o rosto e a associar sua imagem ao seu trabalho musical. Em entrevista concedida à revista Billboard (2013), ela divulgou um manifesto anti-fama em que explicitou as razões para se preservar da atenção voraz do público (em suma, as supostas mazelas já tão exaustivamente comentadas da popularidade – invasão de privacidade e etc.), ao mesmo tempo em que preparava o terreno para a divulgação de sua próxima criação: o álbum 1000 Forms of Fears (2014; RCA), registro cru, emocionante e sedutor de uma poderosa e renomada entidade criativa completamente no controle de sua própria obra.

Nessa nova fase de sua carreira, em consonância com o manifesto publicado na Billboard, Sia simplesmente – e surpreendentemente, para os padrões comerciais atuais – eliminou quase completamente a exposição pública de sua figura na promoção do novo disco (basta ver a capa do álbum pra entender), utilizando recursos interpretativos incomuns tal qual a presença de uma bailarina pré-adolescente – Maddie Ziegler (ver os vídeos abaixo) – como uma espécie de dublê protagonista das performances ao vivo e dos videoclipes  das canções produzidos para a divulgação do álbum, enquanto a própria cantora simplesmente não aparecia (no caso dos videoclipes) ou apenas permanecia plantada no canto do palco, cantando de costas para a platéia (nas apresentações ao vivo; como nessa aparição no programa da Ellen DeGeneres). E ao exercitar essa opção por uma exploração radicalmente reservada de sua imagem – ciente das implicações ou não -, a artista acabou por chamar ainda mais a atenção da crítica especializada e do público médio. “Que porra é essa, uma cantora que não mostra a cara?”, pareciam perguntar os acostumados à dinâmica que já pressupõe a figura do artista como componente indispensável da magnitude e instrumento de reverberação de sua produção.

Mas, procurando neutralizar todo o peso desse recurso estilístico/midiático empregado pela Sia,  vamos à análise objetiva do produto discográfico que ela botou no mundo. Ao longo do – ótimo, confesso, já resumindo minha avaliação – álbum, Sia derrama todo o seu talento obviamente acima da média em letras claramente mais inteligentes do que aquelas com as quais costumamos topar na música pop atual e em vocais extremamente competentes e carregados de nuances interpretativas e contornos emocionais (inúmeras vezes é possível notar “escorregadas” claramente propositais no desempenho vocal – passagens em que a cantora ‘falha’ na execução servindo a um poderoso e comovente componente estilístico e narrativo). São 12 faixas em 1000 Forms of Fears, sendo que pelo menos oito delas imediatamente saltam à atenção pelo potencial melódico/dramático.

Destaque evidente para “Chandelier”, faixa de abertura e carro-chefe do disco com sua soberba carga dramática (veja o clipe abaixo, protagonizado pela já citada Maddie Ziegler e sua dança interpretativa), para a energia upbeat de “Hostage” (composta em parceria com o guitarrista do Strokes, Nick Valensi), para o épico “Elastic Heart” (que ganhou clipe estrelado pelo ator Shia LaBeouf e, novamente, pela dançarina mirim Maddie Ziegler – ver a seguir) e para a canção que a Rihanna daria tudo para interpretar, “Fire Meet Gasoline”. O álbum (que ostenta uma enigmática capa composta por um fundo preto ornamentado somente pelos contornos do penteado loiro platinado que virou uma espécie de marca registrada da Sia, ainda que ela não mostre a cara) transcorre agradavelmente ao longo de seus quase 50 minutos. Trata-se de um disco descaradamente pop, mas sensivelmente acima da média, com potencial para cativar até mesmo o mais enjoado dos ouvintes (note-se que O musicólogo aqui, por exemplo, não é particularmente um apreciador desse tipo de som, como você já deve ter percebido).

Não se surpreenda caso você se pegue escutando 1000 Forms of Fears no repeat. O disco que serviu de veículo para a reinvenção da artista Sia tem detalhes que desabrocham e contornos que soam cada vez mais harmônicos e inteligentes a cada audição. É uma obra “pop descartável” contraditoriamente reaproveitável (com o perdão do paradoxo). Mesmo em uma encarnação natural de produto para consumo rápido e rasteiro, o álbum dá sinais de um potencial longevo que só se apresenta em obras forjadas no calor do talento inquestionável e da rara e inequívoca vocação para a narração quase fotográfica dos dramas contemporâneos.

Preparando a volta!

Depois de um longo e tenebroso inverno o musicologo está armando um retorno! Imagem: Psy Guy - http://commons.wikimedia.org/wiki/Winter#/media/File:Snow_Scene_at_Shipka_Pass_1.JPG

Depois de um longo e tenebroso inverno o musicologo está armando um retorno! Imagem: Psy Guy – http://commons.wikimedia.org/wiki/Winter#/media/File:Snow_Scene_at_Shipka_Pass_1.JPG

Depois de um longo e tenebroso inverno O musicólogo vai voltar à ativa! Aguarde e confie! Por enquanto vá explorando o consideravelmente prolífico arquivo do blog! Nos vemos em breve com conteúdos inéditos!